Causos e Gaitas II

CAUSOS E GAITAS II

Amparado no sucesso da primeira edição, que teve mais de cem mil visualizações, a série Causos e Gaitas, apresentada por Rafa De Boni, pegou a estrada para novos encontros musicais e de boas prosas.

Projeto contemplado no Edital de Concurso Produções Culturais – SEDAC –RS nº 09/2020 – Com recursos da Lei nº 14.017/2020.

João Maria Pinheiro da Rosa é professor de acordeon com atuação em Bom Jesus e Vacaria. Fundador do conjunto musical Os Caudilhos, um dos mais tradicionais do Estado, que teve também como integrante o Maestro Antonio Carlos Cunha.

Nascido na localidade de Carretão, distrito de Bom Jesus, em 8 de abril de 1937, aos sete anos, mesmo com deficiência visual, começou a tocar gaita de 12 baixos, um presente que ganhou do seu pai. No início dos anos 1960, João Maria iniciou a profissão de professor de acordeon, gaita ponto e violão. Entre seus alunos estão inúmeros artistas conhecidos no Estado, tais como Edson Dutra, Bebe Krammer e Uiliam Michelon.

O segundo episódio do Causos e Gaitas é para relembrar a memória do músico Xiruzinho, morto num acidente automobilístico há sete anos. As gravações foram na cidade de Esmeralda, tendo participação do amigo dele, Ajadil Costa, um pesquisador da música gaúcha.

João Darlan Bettanin foi um dos grandes nomes da música nativista de Caxias do Sul. Natural de Esmeralda, também autuou como advogado, além de ser cantor e compositor com performance própria derivada de seus estudos de violão clássico. Sua carreira começou em 1983, colecionando participações em show nacionais e internacionais, tocou ao lado de artistas como Lúcio Yanel, Yamandu Costa e Renato Borghetti. Seu primeiro dos quatro discos nativistas autorais foi “Um Parelheiro que Tenho”, lançado em 1991 pela gravadora Acit. Em 2013, deixou de lado temporariamente o nativismo para lançar um CD de música popular, “Aquarelas do Amor”. Em 2012, lançou o livro-CD “A Arte Real em Versos, Pajadas, Décimas, Sonetos e Poesias”.

José Mendes, músico eternizado pelo hit “Para Pedro”, é o homenageado no terceiro episódio da segunda temporada de “Causos e Gaitas”. A gravação conta também com a participação de Ajadil Costa, biógrafo do artista, e foi realizada junto ao Memorial José Mendes, em Esmeralda.

José Mendes Guimarães nasceu no distrito de Machadinho, na época município de Lagoa Vermelha, em 20 de abril de 1939. Desde os 14 anos de idade mostrou interesse pela música gaúcha. Durante 15 anos ele trabalhou como peão de estâncias e, sempre que podia, escrevia suas próprias músicas. Aos 18 anos começou uma dupla chamada “Os Irmãos Teixeira”. Em 1958 foi prestar o serviço militar e se mudou para Vacaria, decidindo então a carreira artística. Oficialmente começou sua carreira em 1960, quando formou o trio “Os Seresteiros dos Pampas”. Em 1962, depois de fazer alguns shows no nordeste brasileiro, gravou seu primeiro disco, “Passeando de Pago em Pago”. Depois disso, ficou famoso no país inteiro com hits como “Pa..ra Pedro” e “Não Aperta Aparício”.

Eleonardo Caffi veio da província de Ancona, na Itália, para o Brasil em 1948 com o objetivo de se tornar um músico profissional. No seu currículo consta a fundação do Conservatório Musical Rossini em Porto Alegre, a composição da melodia do Hino de Caxias do Sul, além da Presidência de Honra da Associação de Gaiteiros e Acordeonistas do Rio Grande do Sul.

O acordeon começou a se tornar popular em Caxias do Sul por meio do maestro Eleonardo Caffi. Caffi adotou Caxias como casa e profissionalizou mais de dois mil alunos com o instrumento. Um deles foi Adelar Bertussi, que junto ao irmão Honeyde Bertussi, se destacaram no cenário da música nacional a partir de 1955. Outros artistas que passaram pelo Maestro Caffi foram Itajaíba Mattana, Paulo Siqueira, Daltro e Gilney Bertussi e Edison Campagna. Caffi também gravou um LP intitulado de “Dance com Eleonardo Caffi: O Mágico do Acordeon”, em 1960, em São Paulo.

Fechando a segunda temporada do Causos e Gaitas, Rafa De Boni conversa com o argentino de Corrientes, radicado no Brasil há muitos anos, Lucio Yanel é considerado um dos alicerces do violão solista na música regional sulina e o violonista com maior produção na história do violão gaúcho. Veio para o Rio Grande do Sul em 1981 onde passou a atuar nos festivais de música regional. Sua maneira de tocar influenciou muitos músicos das gerações posteriores, como os violonistas Yamandu Costa, Marcello Caminha, Maurício Marques (Quarteto Maogani) e Ricardo Martins. Mesmo sendo um músico autodidata, Yanel é um dos fundadores do que se pode considerar uma “escola do violão gaúcho” da qual Yamandú Costa é um dos nomes mais representativos.

Com seu trabalho ao violão, ampliou-se a difusão de alguns gêneros latino-americanos como a chacarera, o chamamé, o rasguido doble e a zamba, no sul do país. Além de se dedicar à música regional gaúcha, também conheceu e atuou ao lado de diversos nomes do cenário musical argentino, como Astor Piazzolla, Mercedes Sosa, Atahualpa Yupanqui e Antonio Tarragó Ros. Apresentou-se ainda em inúmeros festivais e gravou com renomados artistas gaúchos como Gilberto Monteiro, Joca Martins, Luiz Marenco, Bebeto Alves, Jayme Caetano Braun e César Oliveira e Rogério Mello, além de ter composições ao lado de Renato Borghetti, Noel Guarany, Gaúcho da Fronteira e Luiz Carlos Borges.

Arquibancadas/Vestiário

Quiosque Nicola

Estruturas com churrasqueiras, pias, mesas e bancas que permitem que o associado desfrute de bons momentos com seus familiares.

Quiosque de vidro

Dois quiosques fechados com vidro com completa estrutura capazes de acomodar até 40 pessoas cada.